As recentes conquistas alcançadas pelos medalhados portugueses nos Jogos da XXXIII Olimpíada,
vulgarmente apresentados como Tóquio 2020, colocam, novamente, o tema do desporto na comunicação
social, motivando muitos portugueses a rever os seus hábitos desportivos.
Nesta nota, importa congratular os diversos atletas medalhados com o cobiçado ouro e bronze,
destacando, entre estes, a atleta de triplo salto Patrícia Mamona, não só pela prata alcançada, mas por ser uma inspiração para muitas jovens de Sintra e, em especial, da freguesia do seu primeiro clube, a Juventude Operária de Monte Abraão (JOMA).

Fora estes eventos recentes, o tópico de desporto tem conquistado a sua posição nos noticiários desde o início do período de pandemia, considerando o impacto negativo que o vírus teve na dimensão federada, assim como o impulso significativo que deu à prática de desportivo amadora.
Se por um lado, as atividades dos clubes e os atletas federados viram campeonatos, torneios e até mesmo treinos postos em pausa, a atividade ao ar livre teve uma grande adesão, conforme mostra um estudo feito por cinco universidades para o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) divulgado pelo Público, o qual indica que cerca de 45% das pessoas sem hábitos desportivos, optaram por dar um primeiro passo
em a caminhadas ou corridas, bem como outras atividades outdoor.

Nesta nova corrida de obstáculos que percorremos todos os dias, entre as medidas de distanciamento, os horários flutuantes e as máscaras descartáveis, estes “novos” atletas amadores encontram, depois de chegar à meta, mais uma pedra no seu sapato. A falta de planos desportivos nas freguesias do seu concelho, assim como a escassez de locais para prática de desporto segura impede, muitas vezes, que esta recentemente encontrada motivação continue a fluir e o corpo a mexer.

Várias obras literárias referem que a criação de novos hábitos exige que os mesmos sejam acessíveis, fáceis e que sejam recompensantes. Como tal, esta nova relação com o desporto tem de ser construída a dois, deixando o primeiro requisito para as autarquias, exigindo a criação de espaços acessíveis para que, do outro lado, o atleta possa praticar o seu exercício preferido de forma segura e regular. Espaços dignos
e habilitados para atividades individuais e modalidades de grupo, onde as pessoas se possam encontrar, exercitar e conviver, perto da sua casa, freguesia ou zona de eleição.

Para dinamizar estes espaços, é necessário que as organizações desportivas, como os diversos clubes locais, recebam apoios e condições para atrair um maior número de pessoas, promovendo hábitos desportivos saudáveis que têm o potencial de melhorar a condição geral da população das suas freguesias.
Como potencial solução, a criação de parcerias entre as freguesias, as associações desportivas e as escolas, tem a capacidade de promover uma proximidade entre o desporto profissional e o desporto amador, fazendo com que exista uma inserção dos jovens no desporto, dandolhes os meios para praticarem quer amigavelmente, quer em competição.
Sem espaços adequados, sem incentivos sociais e sem participação comunitária, arriscamos a que as pessoas, no seu próximo momento de reflexão sobre desporto, vejam que as barreiras são demasiadas para sequer ponderar começar a corrida. Deixando, como consequência, as medalhas do pódio para os vírus e outras doenças que, mesmo sem sabermos, correm todos os dias contra nós.
Ricardo Eleutério de Oliveira, JSD Sintra
Fábio Nogueira, JSD Sintra
Bernardo Chitas

24 anos, Residente na União de Freguesias de S. João das Lampas e Terrugem. Vice-Presidente da JSD Sintra e Coordenador do Gabinete de Comunicação. Empresário e estudante de Gestão.

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